sábado, 15 de dezembro de 2007

CAMINHAMO JUNTOS

CAMINHANDO JUNTOS

J. C. Feitosa

O amor aprixima
nossas vidas,
Fazendo-as intimas.
Ele nos convida
ele nos convida
a viver conjuntos
para melhorar
a vida de todos,
Caminhamos juntos
___
Contribuição: Acâdemico João Geneilson

A ÁFRICA IRMÃ

A ÁFRICA IRMÃ

Joaquim de Castro Feitosa

Num passado geológico,
Os nossos continentes viviam irmanados
Como se fossem amantes.

Os brancos de sangue "azul"
espelharam na terra,
De norte a sul
O teu sangue vermelho
E fizeram guerra.

Há vida em teus desertos,
Façam deles os teus exércitos de paz,
Para combeter
Sem distemor
O desalmado
Colonizador

Trilhamos juntos
Os caminhos de equador,
A tua fome
É a nossa fome
A tua miséria
A nossa dor.
____
Contribuição: Acâdemico João Geneilson Gomes
geneilsonaraujo@hotmail.com

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

EM PROL DE UMA....

Em prol de uma caprinocultura auto-sustentável para Região dos Inhamuns

Dr. Joaquim de Castro Feitosa
Eng. Agronomo

Segundo dados da pré-história, a cabra foi domesticada há cerca de 10 mil anos, passando daí em diante a viver sempre junto do homem.
A cabra está presente em todas as partes do mundo e é tida com um animal de alta competência zootécnica vivendo e produzindo bem em ambiente os mais diversos.
Ela é uma das máquinas vivas mais perfeitas criadas pela natureza. É praticamente uma industria, que produz bens de grande valor alimentício: carne e leite, além de peles resistentes e de adubo quente, que já vem peletizado.
Para que a industria caprina tenha progresso são necessárias mudanças: mundança ambiental para uma produção de alimento satisfatória em qualidade e quantidade, mundança genética para que os animais possam apresentar alta produtividade, e mudança cultural – para que o homem tenha conhecimentos técnicos e práticos para tocar essa promissora industria rural.
O Sertão os Inhamuns tem condições naturais para implantar uma caprinocultura dinâmica e rentável. Para tanto, faz-se mister que medidas de apoio sejam postas em pratica: Instalação de frigoríficos, processo em andamento na Secretária de Agricultura e Banco do Nordeste e, instalação de um curso de nível médio sobre a criação de ovinos e caprino, já esboçado junto a Universidade estadual do Ceará.
Há mais de 200 anos que os Inhamuns produz caprinos para abastecimento local e exportação para que a região saia do extrativismo animal é que são oportunas e urgentes que as medidas ditas acima sejam implantadas em tempo hábil.
Solicito a esta Casa para que feitas gestões juntam aos órgõas competentes para dinamização de assunto em tela.
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Contribuição João Geneilson Gomes

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

PRONUNCIAMENTO

Sr. Presidente, no último sábado, 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, no Parque Adahil Barreto, em Fortaleza, o movimento ambientalista prestou homenagem a Joaquim de Castro Feitosa, o Dr. Feitosa ou Feitosinha. Ele faleceu este ano com mais de 80 anos de idade e durante pelo menos duas décadas influenciou várias gerações de ecologistas. Dr. Feitosa deixou importante legado tanto nos pareceres que elaborou como nos estudos que fez, no Museu Bernardo Feitosa, localizado na cidade de Tauá, na própria criação do Parque Adahil Barreto e, principalmente, na fundação da Sociedade Cearense de Defesa da Cultura e do Meio Ambiente - SOCEMA. No Jornal da ADUFC, Associação dos Docentes da Universidade Federal do Ceará, Flávio Torres, também fundador da SOCEMA, publicou artigo intitulado Feitosa, cabra véio. Sr. Presidente, peço a V.Exa. que autorize, no momento em que prestamos esta homenagem, a transcrição do referido artigo nos Anais da Casa. ARTIGO A QUE SE REFERE O ORADOR FEITOSA, CABRA VÉIO Nos anos finais da década de 70 o movimento ecológico da sociedade civil organizada dava os seus primeiros passos. A liberdade de organização, permitida pelo governo militar, era ainda restrita e a questão ecológica era vista com uma certa desconfiança, até mesmo pela esquerda organizada. Quando o José Lutzenberg já havia criado a AGAPAM, no R. G. do Sul, um grupo de jovens professores da UFC, estudantes e profissionais liberais movimentavam-se, no Ceará, para criar a SOCEMA - Sociedade Cearense de Defesa da Cultura e do Meio Ambiente. As reuniões eram realizadas na Casa Amarela, cedida pelo Eusélio Oliveira, e ocorreram motivadas por duas questões que surgiram simultaneamente: a anunciada derrubada dos coqueiros da "Volta da Jurema", para a construção do "Interceptor Oceânico" (eta nome pomposo para esgoto), e um projeto de "Capinação Química" da Prefeitura de Fortaleza, onde herbicidas seriam lançados nas ruas, para acabar com a tiririca, que nasce no meio fio e dificulta a varredura das ruas. Em seguida veio a briga pela desapropriação da área do Parque Adahil Barreto, contrariando planos do BNB e Prefeitura de Fortaleza. Logo nas primeiras reuniões, apareceu-nos o Dr. Joaquim de Castro Feitosa, da geração dos nossos pais, e, de um modo geral, desconhecido de todos nós. Depois foi que descobri que ele era amigo de meu pai, pelas raízes comuns de Tauá. O grupo, constituído, em sua maioria, de médicos, farmacêuticos, biólogos, físicos, arquitetos, além dos estudantes, logo se rendeu à figura do Dr. Feitosa, como era tratado por nós, tornando-se o nosso primeiro e eterno Presidente. Na verdade, o Dr. Feitosa estava adiante de todos nós, pois eram estas suas antigas preocupações. Confiando na minha memória, creio ter sido dele a insistência de se inserir a defesa da cultura no nome e no elenco dos objetivos da sociedade que nascia. É que ele, ao mesmo tempo em que escrevia nos jornais sobre a preservação dos solos e dos perigos das monoculturas, já colecionava, em Tauá, e os expunha na sala de visitas de sua residência, objetos de civilizações anteriores, que hoje compõem o museu por ele criado. Convivemos muito tempo, viajamos e estivemos juntos em muitos embates. Colecionamos muitas derrotas e, surpreendentemente, algumas conquistas. Dele, ficou a lembrança da sua juventude nas idéias e do seu otimismo perante a vida. Tornamo-nos amigos e mais recentemente, quando eu o procurava em sua nova casa de Tauá, sempre ouvia dele: quê que há, cabra véio? Bom, cabra véio, por aqui, nesse 5 de junho de 2004, tá faltando você. Flávio Torres

terça-feira, 10 de julho de 2007

POEMA ÁRVORE CORTADA

ÁRVORE CORTADA
Joaquim de Castro Feitosa

Percorri a terra calcinada
para ver te
ainda verde.
Sob tua matriarcal fronde
reclinei minha fonte.
Colhi vermelhos frutos.
Refeitos da labuta,
parti agradecido
pelo amor que me deste.
Na andança,
encontrei seres aflítos:
animais acorrentados,
árvores mutiladas
e homens alienados.
Ví a terra deserta
ocupada por ambiciosos,
egoistas,
criminosos
que,
roubando tua vida,
estão destruindo
a própria vida

terça-feira, 5 de junho de 2007

BIOGRAFIA

Joaquim de Castro Feitosa
Patrono Cadeira nº. 01
“SÍNTESE HISTÓRICA”
Joaquim de Castro Feitosa, nascido na cidade de Tauá-CE, em 30 de Novembro de 1915, filho de Bernardo de Castro Feitosa e Raimunda Alves Feitosa. No ano de 1946 deu-se o enlace matrimonial com a professora MARIA DOLORES DE ANDRADE FEITOSA de cuja prole nasceram os filhos: Bernardo Pessoa de Andrade Feitosa (in memória), José Leôncio de Andrade Feitosa (Médico Cirurgião Cardiovascular, residente da cidade do Rio de Janeiro – RJ), Judith Pessoa de Andrade Feitosa (Engenheira Química e Professora Titular da Universidade Federal do Ceará – UFC), Fátima Lúcia de Andrade Feitosa (Geóloga) e Ana Maria de Andrade Feitosa (Engenheira Agrônoma).Joaquim de Castro Feitosa é formado pela Escola de Agronomia da Universidade Federal do Ceará – UFC e com larga folha de serviços prestados ao Estado do Ceará. Destacou-se como um defensor intransigente em defesa do meio ambiente e sobressaiu-se no cenário das pesquisas ambientais com diversas publicações técnico-científicas e dentre as mais importantes citamos:· Fontes Naturais dos Inhamuns, Anotações Climáticas de Tauá; El Niño; Observações Sobre o Cajueiro; Síntese Global dos Trabalhos Apresentados na I Semana do Caju em Fortaleza-CE; Anotações Sobre as Pragas dos Cajueiros; A Cabra Anglo-Nubiana; Construção de Pequenos Açudes e Barreiros; Caracterização e Uso dos Principais Solos do Ceará; Aspectos Agrológicos do Ceará; Aspectos Conservacionistas, etc.Joaquim de Castro Feitosa, pesquisador de larga experiência no Setor Ambiental fundou e presidiu por 17 anos a Sociedade Cearense de Defesa da Cultura e do Meio Ambiente – SOCEMA, é Membro Efetivo da Sociedade Cearense de Geografia e História e foi do Conselho Estadual do Meio Ambiente – COEMA bem como a Fundação Brasileira do Caju.No Município de Tauá, Estado do Ceará foi “interventor” no ano de 1947; criou a Fundação Bernardo Feitosa – FBF, mantenedora do museu dos Inhamuns cujo acervo Arqueológico e Paleontológico é dos mais expressivos do Brasil com peças raras e sem similar em nosso País o que coloca em pé de igualdade com outras instituições do gênero. A Fundação Bernardo Feitosa detém sob a sua orientação o Centro Cultural dos Inhamuns que é uma espécie de colméia irradiadora da cultura regional; a Biblioteca Pública com mais de 15.000 títulos sendo a mais importante da Região dos Inhamuns, o Setor de Informações Ambientais – Sala Verde – referencial ambiental único no Estado do Ceará e a Sala de Paleontologia que guarda os mais preciosos achados fossilizados de animais pré – histórico que habitaram a Região dos Inhamuns entre eles: Preguiça Gigante Terrestre, Tigre Dente de Sabre, Mastodonte – Mamute Americano, etc., além de diversas arcadas dentárias não identificadas de diversos animais, cujo acervo é estimado em aproximadamente 1.800 peças de valor histórico e científico incalculável.Joaquim de Castro Feitosa participou ativamente em diversos Estados da Federação de Congressos, Simpósios, Palestras, Cursos, Mesas Redondas, Workshop, etc., dentro das suas atividades profissionais.É detentor de diversas comendas e honrarias entre elas:· Medalha Chico Mendes, Medalha da Confederação Nacional da Agricultura;· Medalha do Mérito Cultural da Universidade Estadual do Ceará – UECE;· Prêmio Empreendedor do Banco do Nordeste;· Medalha de Honra ao Mérito da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Ceará;· Homenagem Especial do Governo do Estado do Piauí;· Destaque Rotário 2001;· Homenagem Especial da Diretoria da Cidadania da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Ceará, etc.· Personalidade 2002 – CIART – Tauá-CE.Joaquim de Castro Feitosa abraçou a causa e caiu em campo. Sua vida é um exemplo de dignidade humana, pautada no respeito ao cidadão, cujo espírito e humanitário o torna um homem honrado e respeitado no seio da sociedade, que o transformou num verdadeiro amante das Ciências em prol do solo pátrio, especialmente da sua Região, a Região dos Inhamuns!Tauá-CE, 05 de junho de 2003.