terça-feira, 10 de julho de 2007

POEMA ÁRVORE CORTADA

ÁRVORE CORTADA
Joaquim de Castro Feitosa

Percorri a terra calcinada
para ver te
ainda verde.
Sob tua matriarcal fronde
reclinei minha fonte.
Colhi vermelhos frutos.
Refeitos da labuta,
parti agradecido
pelo amor que me deste.
Na andança,
encontrei seres aflítos:
animais acorrentados,
árvores mutiladas
e homens alienados.
Ví a terra deserta
ocupada por ambiciosos,
egoistas,
criminosos
que,
roubando tua vida,
estão destruindo
a própria vida